segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Compromisso Cristão




Texto: O Sermão do Monte  Mt 7.24-29 


Mt 7.24-25
•         24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; 25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.

Mt 7.26-27
•         26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; 27 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.

Mt 7.28-29
•         28 Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; 29 porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
•          
Essas palavras de Jesus foram dirigidas a crentes professos 
•         Uma advertência acerca dos perigos da falta de obediência, de apenas ouvirmos o Evangelho e não pô-lo em prática;
•         Uma advertência acerca dos perigos de apenas desejarmos os benefícios e as bênçãos da salvação, sem o compromisso real com Cristo.
Essas palavras de Jesus foram dirigidas a crentes professos
Dois homens, duas casas.
  
•         O propósito de Jesus:
–       Mostrar-nos a diferença entre a verdadeira e a falsa profissão do cristianismo, a diferença entre o crente autêntico e o falso crente e a diferença entre o nascido de Deus e aquele que apenas pensa que é.

–       Capacitar-nos a detectar quem é um, e que é outro.

•         1 Jo 2.27 Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.

Primeiro, as semelhanças...
•         Ambos os homens queriam construir uma casa;
    Ambas as casas estavam próximas entre si;
    As casas eram iguais, exceto pelo alicerce;
    Os homens pareciam ter os mesmos propósitos e os mesmos interesses;
    Ambas as casas foram submetidas ao mesmo teste, e tivemos conseqüências muito diferentes!
        
Agora, as diferenças
•         Um era o insensato (tolo), e o outro era o prudente (sábio, justo).
    Insensato, tolo: um tipo característico de pessoa. Apressado, impaciente, incapaz de esperar e ponderar. Arregaça as mangas e passa a fazer, auto-suficiente, arrogante, egocêntrico; despreza a instrução e o ensino; segue seus próprios impulsos e idéias; não pesa as consequências, não avalia possibilidades e eventualidades. 
–       Em sentido espiritual, o insensato não está nem um pouco interessado em aprender o que a Bíblia lhe tem a ensinar.
  O justo jamais se deixa dominar pela pressa, pela precipitação.
  O sábio tem o desejo profundo de edificar algo durável. O sábio se preocupa em descobrir todos os fatos que puder, mantém controle sobre si mesmo, não permitindo que seus impulsos e emoções, ou que seu entusiasmo, o arrebatem.

•         13 Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; 14 porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. 15 Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. (Pv 3.13-15)

Sobre que alicerce se ergue a casa (a vida...) do justo?
•         
–       10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. 11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. (1 Co 3.10-11)

Comparando o crente autêntico e o falso crente:

O crente e o falso crente
–       Estão no mesmo lugar
–       Praticam atividades semelhantes
–       São membros da igreja
–       Sentam-se juntos
–       Ouvem o mesmo Evangelho
–       Têm os mesmos desejos e anelos: desejam ser perdoados, desejam a paz, desejam as bênçãos do cristianismo, desejam consolação, desejam orientação para se livrarem de dificuldades
–       Desejam estar em segurança
–       Desejam poder espiritual! (At 8.9-21)
–       Desejam chegar ao paraíso!
–        
O falso crente
•         Não tem grande fé em doutrinas e nem acredita que as Escrituras devam ser compreendidas; prefere desfrutar de um “cristianismo light”, sem esforçar-se muito;

•         Se impacienta diante da instrução, da experiência e da orientação;
    O seu “EU” acha-se no centro de sua vida. Faz todas as coisas girarem em torno de si mesmo e seu verdadeiro propósito é agradar a si mesmo!
    Quer lazer, conforto, segurança, e por isso pode ser encontrado dentro da própria igreja.
    Pensa em termos de quem indaga: Que posso conseguir disso? O que isso me dará? Que benefícios terei se disso participar?
   Sendo essa a sua atitude, não se dispõe a enfrentar o pleno ensino do Evangelho e nem deseja aprender todo o Conselho de Deus. Ele não enfrenta toda a Palavra de Deus!
   Não se dá ao trabalho de estudar a Palavra do Senhor e nem é um autêntico estudioso da Bíblia.
   É seletivo: lê e cita o que aprecia. Aprecia a doutrina do amor de Deus, mas não a doutrina da justiça de Deus.
•        Não gosta da doutrina da Bíblia que aponta o efeito do pecado, que evidencia que somos corrompidos desde o mais profundo de nossa natureza, e por isso somos falsos, imundos e vis.

•         Sl 51.5 Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.

•         Ef 2.3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.

•         Rm 7.17,18 -17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.

O falso crente
•         Abomina o Sermão do Monte,
•         sente-se perturbado diante de seus padrões,
•         critica-o como sendo algo inalcansável,
•         louva-o em sua majestade, mas
•         logo o esquece,
•         E nunca o põe em prática!


O crente autêntico
•         Enfrenta o ensino do Sermão do Monte em sua inteireza, permitindo que a Bíblia toda fale para ele.
    Humilha-se diante da Palavra de Deus! Chora, lamenta-se em face de seus pecados, à luz dos padrões do Sermão do Monte.
    Quer honestamente “viver” o Sermão do Monte. Sabe que não pode ser perfeito, mas deseja realmente vir a ser.
    Crê que todas as coisas serão possíveis através da presença do Santo Espírito.
    Faz a vontade do Pai, que está nos céus. (Mt 7.21)
    Fazer a vontade do Pai implica na doutrina expressa por Tiago (Tg 2.26). A verdadeira fé sempre se manifesta na vida; ela se mostra através da pessoa, de maneira geral, e também se manifesta por meio daquilo que ela faz.

Sim, há uma diferença essencial entre o crente autêntico e o falso crente!
•         Essa diferença não se manifesta na superfície. porém, se procurarmos por ela, ela transparecerá de modo claro e inequívoco: essa mentalidade que não dá ouvidos a nenhuma advertência, que pensa que sabe o que quer e o que é melhor, e que se atira impensadamente à construção da obra:

O Compromisso Cristão!
•         A vida de fé jamais será uma vida fácil; a fé sempre será intensamente prática. A diferença entre fé e aprovação intelectual é que este último diz “Senhor, Senhor”, mas não chega a cumprir a sua vontade. Em outras palavras, embora eu possa dizer “Senhor, Senhor”, para Jesus não haverá qualquer sentido nessa minha declaração enquanto eu não O tiver como meu Senhor, enquanto eu não me tornar seu escravo voluntário!

O grande teste:
•         Qual é o seu desejo supremo? Você é daqueles que andam à cata dos benefícios e das bênçãos da vida e da salvação cristã, ou você tem um desejo muito mais profundo e amadurecido do que isso?
    Você está atrás de resultados carnais e superficiais, ou você anela por conhecer a Deus e por tornar-se mais e mais parecido com Jesus. 
    Você tem fome e sede de justiça?

Quem nos falou no Sermão do Monte?
•         A majestade dos ensinos...
    A mais impressionante coleção de ensinos jamais vista em toda a história humana, resumida em poucas páginas...
    Não há citação de fonte, não se apóia em qualquer outra autoridade...

•         Mt 5.11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.

•         Mt 5.17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.

Aquele carpinteiro de Nazaré que ali estava assentado no Monte, ensinando, era também o Juiz do Universo que julgará o que verdadeiramente somos naquele dia!

    Mt 7.22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.

Fonte: Esboço adaptado; “Estudos no Sermão do Monte” de Martyn Lloyd-Jones

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