segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O justo florescerá como a palmeira



“ O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano.
Plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus.
Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor,
para anunciar que o senhor é reto.
Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.”
(Salmo 92.12-15)

            Certo dia, Davi pastoreava o rebanho de seu pai. Imagino eu, que o dia estava belíssimo, o sol brilhava intensamente, a brisa soprava, a paisagem estava deslumbrante e o pasto das ovelhas muito verde. Ele foi observando esse cenário e se viu contemplando a natureza, quando, divinamente inspirado, fez essa belíssima e poética comparação entre o justo e a palmeira e entre o justo e o cedro no Líbano.
Esses versos para mim são especialmente belos e repletos de significados para nós, os filhos de Deus. Afirmo isso porque estudando sobre ambas as árvores, percebi o quanto elas são especiais, não só pela beleza, mas também pela força, resistência e capacidade ímpares de sobrevivência em meio a escassez. A palmeira, por exemplo, nasce no deserto, não depende da água da chuva pra florescer e frutificar, suporta fortes rajadas de vento, muito freqüentes no deserto e de maneira surpreendente, permanece firme em seu lugar. O motivo de tal resistência é a profundidade que sua raiz alcança. Em uma árvore normal, sua raiz fica apenas alguns metros abaixo da terra, enquanto que, a palmeira, aprofunda a sua raiz, de tal modo, que chega a entrar 3 a 4 km embaixo da terra até encontrar água. Produz frutos a vida inteira, porém os seus mais saborosos frutos são produzidos dos 30 aos 100 anos de idade. E como se não bastassem tantas qualidades, ela ainda é a responsável pelos oásis no deserto. Que maravilha! Ela não só provê para si mesma os benefícios de estar tão bem enraizada, mas também proporciona ao homem alegria, satisfação, descanso, nutrientes e saciedade.
Tal qual a palmeira, somos nós os cristãos quando bem enraizados no Senhor, em constante e profunda comunhão com Ele, recebendo da sua vida e da sua força, podemos suportar tempestades, tribulações, desertos e escassez sem sermos destruídos, mas permanecendo nele e nos saciando nele, a ponto de transbordar e abençoar aqueles que estão a nossa volta  porque estamos plantados no Senhor, como está escrito: Plantados na casa do senhor, nos átrios do nosso Deus hão de florir. Na velhice, darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor. Sl 92.13-14.
E o cedro, o que dizer dessa não menos bela, forte e admirável árvore? O cedro é imponente. Simboliza força e eternidade. Aos três anos de idade alcança apenas 5cm de altura, porém sua raiz, já alcança 1 metro e meio de profundidade. Sua raiz não depende da água da chuva porque vai buscar água nos lençóis freáticos. E quando sua raiz encontra as rochas, abraça-as, o que dá mais força ao seu tronco. Somente a partir dos quatro anos de idade é que ele começa a crescer. Apesar do seu crescimento ser lento, o cedro pode atingir até 40 metros de altura e viver centenas de anos. A semelhança do Cedro, nós, os filhos de Deus, temos a promessa de crescer, e ainda que esse crescimento seja lento, ele vai acontecer e será visível a todos. Para isso, precisamos, a exemplo do cedro, fixar bem nossas raízes e aprofundá-las, através da nossa comunhão com o Pai, através da palavra e da oração. Sendo Cristo a nossa Rocha, firmemo-nos nele, a fim de termos força e vigor para crescermos de forma saudável e constante, dando muitos frutos dignos de arrependimento, manifestando assim o fruto do Espírito santo que habita em nós, podendo então “anunciar que o senhor é reto, que Ele é a nossa Rocha, e nele não há injustiça”. Sl 92-15


Prª Arenilde Carvalho

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