terça-feira, 13 de março de 2012


Qual é a necessidade imediata?
Deus é presente!
Então convém a petição e o descanso com a satisfação da esperança.

Insistimos em viver uma programação prévia e elaborada por outros.
Sem ter muito a ver conosco aceitamos de imediato as opiniões e imposições que nosso espírito não assimila.
E aí a vida vira um esforço de encaixar-se nos padrões ditados como norma pelo costume.
Só que ninguém nunca me explicou como é que se respira e eu vou vivendo sem nisso pensar!
Desejamos ser melhores do que somos porque nos deram uma regra com a qual nos medimos.
Nunca ou quase nunca perguntamos prá Deus se ele está contente comigo, se ele realmente gosta de mim.
Não dá tempo de perguntar, pois estou cheio de coisas e a atenção está dispersa.
A oração virou um item a cumprir na relação de coisas que Deus não escreveu.
A oração que devia ser um abraço e beijo no pai, vira um exercício sufocante de troca quase que impessoal.
E a leitura da bíblia então, até virou maratona desgastante com prazo de um ano prá acabar,
E não a leitura de uma narrativa gostosa de assimilar na vida enquanto respiro sem pensar.
E as reuniões que se tornaram repetitivas porque programáticas,
Seguem as rotinas dos diversos ministérios que pela repetição já há muito tempo se descolaram da vida.
Com todos os cuidados, quem de nós poderá dar forma ao espírito?
Que limites podemos dar a um vento que sopra aonde quer?
O relacionamento com um vento seria o de desfrutá-lo e não o de direcioná-lo.
O relacionamento com um espírito não é o de tentar lhe dar forma,
Mas o de permitir tomar a nossa forma e viver sua vida em nós.
Qual a verdadeira forma do louvor, adoração, pregação e oração?
É da mesma forma que você é!
Porque é você quem adora, ora e louva. Então que forma teria senão a sua?
Mas se insistir numa forma simples de se organizar, a vida pode se colocar assim:
Quando conheço a Deus, no íntimo o amo.
Quando de fato o amo, entro num relacionamento de tanta proximidade que o adoro.
Em adoração me dedico a fazer tudo para o seu agrado.
E nesse empenho sincero seu nome é louvado, mesmo sem acompanhamento musical ou lugar determinado.
E aí então seu nome é exaltado entre os homens pelo meu serviço desprendido e quase sempre anônimo.
Porque ele aparece e não eu!
E porque Deus não tem aparecido?
Porque nossa vida religiosa virou um babélico esforço de construção,
Em que as nossas catedrais trazem nos vitrais o colorido das nossas imagens e feitos.
Mas se você tentar ao menos ter uma vida simples,
Pode até vir a enxergar que ele está aqui, sempre.
Qual é a necessidade imediata? Esse é o verdadeiro motivo de se orar a um Deus presente.
No demais resta o descanso na paciência da esperança. Isso é difícil.
Mas vale a pena encontrar, pois o que importa é Deus e eu.
Quem pode acrescentar alguma medida a si mesmo pelo esforço feito?
Descansa então, Ele já sabe de tudo!

Adilson Mendes de Oliveira

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